O HOMEM FORTE
O modesto varão constante e justo
Pensa e medita nas lições dos sábios
E nos caminhos da justiça eterna
Gradua firme os passos.
O brilho da sua lama não mareia
A luz do sol, nem do carvão se tisna;
Morre pelo dever, austero e crente,
Confessando a virtude.
Pode a calúnia denegrir seus feitos,
Negar-lhe a inveja o mérito subido;
Pode em seu dano conspirar-se o mundo
E renegá-lo a pátria!
Tão modesto no paço de Lóculo
Como encerrado no tonel do Grego,
Nem o transtorna a aragem da ventura,
Nem a desgraça o abate.
A tiranos preceitos não se humilha,
Ante o ferro do algoz não curva a fronte,
Não faz calar da consciência o grito,
Não nega os seus princípios.
Antes, seguro e firme e confiado
No tempo, vingador das injustiças,
Co’s pés no cadafalso e a vista erguida
Se mostra imperturbável.
Sofre mártir e expira! A pátria em torno
Do seu sepulcro o chora, onde a virtude,
Afeita ao luto e à dor, de novo carpe
Do justo a flébil morte
Gonçalves Dias
Novos Cantos
Fonte
Portal Domínio Público
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Por Blog Caderno de Educação



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